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GINÁSTICA LABORAL

O que é ginástica laboral?

Como o próprio nome já diz, é a ginástica realizada no ambiente laboral, ou seja, no próprio posto de trabalho ou em algum espaço físico da empresa. A ginástica laboral é uma série de exercícios de curta duração, entre 10 e 15 minutos, que envolve técnicas de alongamento da cabeça, tronco, membros superiores e inferiores e técnicas de respiração. Durante os exercícios é trabalhado percepção corporal, reeducação de postura e compensação muscular.

A ginástica laboral apresenta baixa intensidade e tem como objetivo melhorar a saúde dos colaboradores. Além disso é indicada para:

  • Melhorar o sistema cardíaco, respiratório e esquelético;
  • Reduzir a sensação de fadiga e esgotamento ao fim do dia;
  • Cuidar da saúde mental(combater doenças ocupacionais como LER/DORT, estresse, depressão e ansiedade);
  • Aumentar a atenção e a concentração;
  • Melhorar a consciência corporal (melhora do condicionamento físico, flexibilidade, coordenação e resistência);
  • Minimizar a monotonia, sensação de tédio e infelicidade;
  • Descontrair e melhorar a disposição.

Profissionais de Educação Física e Fisioterapia, especializados nesse tipo de exercício, conduzem as práticas que podem ser feitas dentro do escritório, na estação de trabalho de cada colaborador.

Os instrutores buscam adaptar os exercícios a cada tipo de público e ambiente, atentando-se às atividades que o colaborador desenvolve e como os exercícios podem ajudar. Os exercícios são simples, baseados em alongamentos e feitos de maneira rápida para não se tornarem maçantes.

Carolina Oliveira Isaac, especialista e instrutora de ginástica laboral, trabalha como técnica em uma multinacional com 2.700 funcionários no eixo Rio-São Paulo e explica que: “a prática da ginástica se dá de uma forma simples, com pausas que podem ser de 7 a 10 minutos e em sessões que podem ser realizadas todos os dias, duas ou até três vezes na semana”.

Importância da ginástica laboral

Para que você perceba a importância da ginástica laboral, vamos imaginar o seguinte cenário: um colaborador sentado em frente ao computador por um período de 8 horas. De repente ele começa a sentir uma dor nas costas, mexe para um lado, para o outro.

Ele tenta se concentrar e continuar sua tarefa, pois precisa entregá-la logo. A dor persiste, ele se desconcentra, se irrita, perde ritmo, perde a linha de raciocínio e fica frustrado. O expediente acaba e ele vai embora para a casa fadigado.

Ainda com dor ele não consegue dormir bem. No outro dia ele volta para o escritório, cansado, ainda com dor, desanimado e o processo recomeça. Agora imagine isso em uma escala maior, com mais frequência, qual seria o resultado?

Provavelmente você deve estar pensando que em breve esse colaborador faltará, seja para procurar ajuda médica e fazer um tratamento, seja para apenas repousar. A essa altura, o trabalhador já está insatisfeito, já teve um decréscimo em sua produtividade e isso finalmente resultará em seu afastamento.

Agora imagine se toda a sua equipe começar a sentir desconfortos, dores e incômodos. Já que, de alguma forma todos estão no mesmo ambiente de trabalho e expostos aos mesmos riscos ergonômicos.

Essas circunstâncias seriam desastrosas e muito prejudiciais ao desempenho geral dos colaboradores e consequentemente resultaria em prejuízos a empresa. E por mais que as situações apresentadas sejam hipotéticas, elas acontecem com frequência em corporações de todo o mundo.

Além disso, sua empresa tem uma responsabilidade para com aquele funcionário que se dedicou bastante para o desenvolvimento dos seus negócios. A saúde ocupacional é um importante aspecto da gestão no novo milênio.

Como implementar a ginástica laboral na sua empresa?

Quais são os 5 tipos de ginástica laboral?

Durante a rotina de trabalho, é natural que o colaborador fique exposto a uma série de riscos ergonômicos. Ao incentivar a prática, a empresa ajuda o funcionário a melhorar seu bem-estar. Conheça os diferentes tipos e modalidades de ginástica laboral e seus benefícios!

Ginástica preventiva

Ela busca trabalhar em duas frentes: os exercícios aeróbicos e os anaeróbicos. O objetivo é melhorar a resistência cardiovascular e respiratória com exercícios que aumentam a capacidade de transporte de oxigênio e energia pelo corpo.

A ginástica preventiva busca ainda o combate de ocorrências de problemas de saúde relacionados aos riscos inerentes à atividade laboral aumentando a consciência corporal e melhorando o condicionamento físico, flexibilidade, coordenação e resistência.

Ela também queima bastante calorias. Isso ajuda os colaboradores com excesso de peso a melhorar sua autoestima. A perda de peso é essencial também para diminuir a resistência periférica à insulina, prevenindo o risco de diabetes mellitus tipo II, agravada pelo excesso de tecido adiposo.

Outra prática que auxilia na prevenção de doenças e pode ser oferecida pelas empresas é a quiropraxia.

Ginástica corretiva

Nesse caso, busca-se otimizar a ergonomia do trabalho, contrabalanceando os efeitos negativos de determinadas atividades. Por exemplo, em trabalhos com muito carregamento de peso, o músculo bíceps recebe trabalho muito maior do que seu antagonista, o tríceps.

Com o tempo, o trabalhador pode enfrentar muita dor muscular e, também, problemas articulares. A ginástica corretiva, nesse caso, buscaria fortalecer o tríceps para contrabalancear os efeitos da flexão de braço sobre a articulação do cotovelo.

Além disso, outra atividade muito importante é alongar os músculos que se tornaram encurtados devido a uma rotina de escritório. Os colaboradores passam muito tempo sentados e inativos, encurtando a sua musculatura dos membros inferiores e ginástica corretiva cumpre bem este papel.

A ginástica corretiva ajuda também no fortalecimento das estruturas musculares que foram forçadas pelas tarefas laborais, na diminuição de dores e problemas nas articulações e na prevenção do surgimento de doenças ocupacionais.

Ginástica preparatória

A ginástica corretiva, como o próprio nome diz, inicia a preparação da jornada de trabalho dos colaboradores, ou seja, ela é feita antes de começar as atividades laborais.

Seu objetivo é alongar os músculos que serão mais utilizados no dia de trabalho, aumentando a circulação sanguínea e também a disposição e capacidade de concentração.

A ginástica preparatória é conhecida também como prática de ativação, uma vez que aquece os músculos do corpo e acelera os batimentos cardíacos, produzindo mais energia. Ela utiliza ainda exercícios de resistência, flexibilidade e coordenação.

Ginástica compensatória

Essa ginástica funciona como uma pausa durante o expediente, interrompendo a monotonia operacional, incentivando a prática de exercícios específicos para cada atividade.

Como nome já diz, ela compensa os esforços repetitivos das tarefas, repara os músculos, corrige as posturas inadequadas e proporciona maior disposição para o resto da jornada.

Seus exercícios incluem alongamentos, postura e técnicas de respiração.

Ginástica de relaxamento

Realizada no término da jornada de trabalho, a ginástica de relaxamento tem o intuito de oxigenar as estruturas musculares envolvidas nas tarefas diárias, evitando, assim, o acúmulo de ácido lático e proporcionando o relaxamento.

Ela diminui o ritmo de trabalho, reduz os níveis de estresse, minimiza o esgotamento ao fim do dia e aumenta a sensação de vigor e bem-estar.

Seus exercícios são leves e utilizam técnicas de meditação, respiração e massagem.

Outras classificações

A ginástica laboral também pode ser classificada por meio dos objetivos principais de cada exercício que empresas e colaboradores precisam.

São eles:

  • Ginástica postural: está relacionada ao equilíbrio, alongamento e fortalecimento das musculaturas em pouco uso;
  • Ginástica terapêutica: trata distúrbios, patologias e alterações posturais, conforme queixas da equipe;
  • Ginástica de manutenção ou conservação: busca manter os resultados decorrentes de um trabalho de condicionamento físico, após alcançar o equilíbrio muscular e correções necessárias.

Para garantir que o programa de ginástica laboral seja assertivo, é necessário planejamento. Além de uma boa aula e um bom profissional, a empresa deve ter em mente alguns passos para garantir que os objetivos sejam alcançados. 

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